Os segredos da curadoria

de onde tirar referências?

ONDE TUDO COMEÇA | EDIÇÃO #003

Oi, aqui é o Fernando. Na edição passada, falei sobre “As 5 coisas que você precisa definir antes de começar uma newsletter”.

Hoje, vamos falar da primeira etapa da escrita de cada edição: a curadoria. Quanto melhor for sua curadoria, melhor tende a ser o resultado final da sua newsletter. Let's go.

BIG STORY

Curadoria: onde cada edição começa

Um bom produtor de conteúdo é um bom (i) consumidor de conteúdos e (ii) agregador de referências. Se a edição de hoje fosse resumida em apenas uma frase, seria essa.

A verdade é que você não precisa reinventar a roda. A essência da curadoria é compilar diversas “coisas” e usá-las como base para o seu conteúdo.

Mas que “coisas” são essas?

Todos os inputs que você recebe. Artigos e livros que você leu, filmes/séries que assistiu, caixinhas de pergunta de alguém que você acompanha no Instagram, conversas e interações que teve com outras pessoas, experiências de vida e por aí vai.

É daí que sairão seus conteúdos.

Tem um livro bem legal, chamado Roube como um artista”, que defende a ideia de que a criatividade não surge do nada, mas sim da combinação de ideias preexistentes.

Os artistas — no nosso caso, escritores de newsletters —, nada mais são do que pessoas que “roubam” diversos elementos e, com base neles, criam algo novo.

A junção das suas próprias referências e experiências compõem a sua originalidade.

E a sua originalidade é um dos principais elementos que fará sua newsletter se destacar e não ser apenas mais um e-mail no inbox lotado das pessoas.

É por isso que suas referências importam tanto

Acompanhe essa lógica: referências —> conteúdos originais —> relevância.

  • Viu que tudo começa nas suas referências?

É a partir delas que você criará seus conteúdos, que, caso fiquem bons, terão relevância.

Agora, imagine que você vai fazer um strogonoff. Mas a carne está fora da geladeira há 3 dias, a batata palha está murcha e você colocou feijão (desculpa, mas isso é um crime contra o strogonoff 😅).

Concorda que o resultado final vai ficar ruim? — e olha que o feijão nem seria o maior problema.

Brincadeiras à parte, o grande ponto é que a qualidade dos seus inputs (referências) determina o resultado do output (resultado).

Existe uma expressão, muito comum no campo da computação, que é “garbage in, garbage out”.

Se uma fórmula matemática estiver errada, o resultado final da conta será errado.

💡 Trazendo para a nossa realidade, se suas referências forem ruins, grandes chances dos seus conteúdos não ficarem bons.

Em outras palavras, shit in, shit out. 💩

De onde tirar referências?

Primeiramente, consuma muitos (bons) conteúdos do seu mercado.

Ao acompanhar o que os melhores fazem, você terá boas referências para se inspirar e ter ideias de que conteúdos fazer.

Além disso, sempre que for escrever sobre um determinado assunto, pesquise sobre ele no Google e no YouTube — principalmente em inglês — para encontrar bons conteúdos e se inspirar neles.

🧐 E veja com um olhar crítico. Pense nas perguntas que você se fez e nas dúvidas que ficou enquanto via esses conteúdos.

É bem provável que seus leitores pensariam o mesmo e teriam dúvidas parecidas.

Responder o que eles te perguntariam sem que eles te perguntem gera uma experiência incrível de leitura. Isso vale ouro.

  • No começo, pode ser um pouco difícil. Mas, conforme você faz isso, essas conexões se tornam cada vez mais naturais.

Dica bônus: Nos conteúdos que você acompanha, não se prenda ao seu mercado. Consumir conteúdos que não sejam diretamente da sua área expande suas referências e te permite enxergar coisas novas. Isso ajuda a desenvolver criatividade. 🎨

Pra fechar com chave de ouro 🔑

Lembra daquele papo que sua originalidade e sua relevância vêm da junção das suas referências?

Para ficar ainda mais claro, perceba como eu acabei de fazer isso. Este conteúdo que você está lendo foi feito com base:

  • 👨🏻‍💻 Na minha experiência de ter escrito +350 edições de newsletters;

  • 📓 No livro “Roube como um artista”;

  • 🗑 No conceito Garbage in, garbage out.

Essas foram três das principais referências que usei para criar um conteúdo totalmente original, diferente de qualquer outro que você já pode ter visto sobre esse assunto.

Eu não inventei nenhuma roda. Apenas agreguei diferentes referências e experiências para fazer algo novo.

No fim das contas, o segredo é: consumir bons conteúdos + saber agregar suas referências + praticar & praticar. Lembre-se disso.

Por hoje é só ✉️

Obrigado por ter lido até aqui. Todos os sábados, às 8h e pouco da manhã, vou te trazer alguns aprendizados sobre newsletters.

  • Além de dicas, cases, recomendações e mais algumas ideias malucas que estou pensando por aqui.

Te vejo no próximo sábado, na MyNewsletter — a newsletter de quem faz newsletters.

Se tiver qualquer dica, sugestão ou comentário, é só responder este e-mail. Vou ler tudo. Caso queira falar comigo diretamente, é só me chamar no LinkedIn.

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Até a próxima 👋