PANORAMA DO MERCADO DE NEWSETTERS | EDIÇÃO #007

Oi, aqui é o Fernando. Na semana passada, falei sobre “Como saber se sua newsletter está “dando certo”?”

Lá estão as principais métricas que você deve ficar de olho para entender como sua newsletter está indo.

Hoje, vou te dar um panorama geral do mercado de newsletters em 2024, de acordo com um relatório divulgado pela beehiiv. Let's go.

BIG STORY

Panorama Geral do Mercado de Newsletters 📊

“Ninguém mais lê e-mail.” Você já deve ter visto alguém falando essa frase — isso se não for você mesmo.

• Mas se “o e-mail morreu”, como é que diversas newsletter conseguiram crescer e se tornar relevantes nos últimos anos?

A verdade é que o e-mail ainda é um canal muito relevante. Desde que as redes sociais entraram no nosso dia a dia, esse discurso do fim do e-mail se tornou cada vez mais comum.

Isso sem falar no uso profissional de e-mails. Não conheço nenhuma empresa que não ofereça um @corporativo para seus funcionários.

• Além do mais, pense que existe 4,3 bilhões de usuários de e-mail no mundo, mais que qualquer rede social.

Antes de entrarmos no estudo da beehiiv, saiba que a plataforma de newsletters foi fundada em 2021 e vem crescendo rapidamente.

No ano passado, 4,5 bi de e-mails foram enviados pelas mais de 10 mil newsletters de usuários da beehiiv, o que trouxe diversos dados do mercado.

Começando pelo engajamento…

Falamos um pouco disso na última edição, mas essa é a média de algumas das métricas dos usuários da beehiiv.

Curiosidade: Em 2022, o Open Rate médio era 42,9% — quase 4% maior que em 2023, o que indica um aumento na concorrência da caixa de entrada dos leitores.

Dos quase 40 nichos analisados individualmente, os três que apresentaram maior Open Rate médio foram:

• 💸 Venture Capital — 50,4%

• ⚽️ Esportes — 47,5%

• 🍎 Comida e bebida — 44,9%

Os nichos de Escrita e Comunidade também se destacaram com altas taxas de abertura e de cliques. Enquanto isso, os piores foram:

• 🪙 Cripto/Blockchain — 24-25%

• 🖼 Arte — 27,9%

• 🧠 Psicologia — 26,1%

Qual o melhor dia para mandar uma newsletter?

Domingo. Essa seria a resposta rápida. Só que você não precisa seguir isso à risca, pois todos os valores são médias.

Se a sua newsletter é semanal, por exemplo, mais do que o dia em si, é importante ter consistência — mandar toda semana, sem falhar, no mesmo dia da semana e horário.

É isso que vai fazer seus leitores criarem o hábito de ler suas edições.

Falando em horário…

Esses são os que apresentaram as maiores médias de Open Rate:

Cortei o meio da tabela para caber aqui, mas veja como os horários do meio do dia — entre 10h e 14h — se demonstraram melhores.

• O segundo melhor momento foi o período da tarde, enquanto o início da manhã foi o pior.

Novamente, não precisa ficar bitolado com isso. Mas é bom ter uma ideia do que costuma funcionar melhor no mercado. Consistency is king.

Em relação a frequência de envio…

É assim que as newsletters enviadas pela plataforma são feitas:

• 4,9% diárias

• 37,9% semanais

• 57,1% mensais

Ter uma newsletter diária não é tão simples. Dá bastante trabalho e não há espaço para errar — no caso, deixar de enviar alguma edição.

Tanto é que não recomendo que quem está começando publique todo dia.

Por outro lado, também vejo um problema nas newsletters mensais: a falta de contato com o público. É difícil se manter relevante enviando apenas um e-mail por mês.

Só vejo essa estratégia sendo interessante para quem:

• Faz um conteúdo mais profundo, detalhado, num esquema de report;

• Atua em um nicho muito específico, que não tem tantas opções de conteúdo para fazer; ou

• Está levando esse trabalho de forma full time ou tem outras pessoas para ajudar na escrita.

Caso nenhuma dessas seja a sua realidade, acredito que faça mais sentido seguir um cronograma quinzenal, semanal ou bissemanal.

Você já travou na hora de definir o assunto do e-mail?

Pense que é o primeiro contato que os leitores terão com cada e-mail seu. Não dá pra ignorar isso.

Embora o conteúdo do e-mail seja mais importante, já vi testes A/B que, apenas mudando o texto do assunto, apresentavam variações de mais de 2% no Open Rate.

Menos é mais. A análise da beehiiv focou no número de caracteres por assunto (Subject Line).

A principal descoberta foi que textos menores tendem a gerar resultados melhores.

Pense que muitas pessoas leem pelo celular, por onde não dá pra ler textos tão grandes quanto no computador.

Mercado brasileiro de newsletters 🇧🇷

Não tem como não falar do nosso Brasilzão. Segundo um estudo da Pingback, o número de newsletters brasileiras aumentou em 300% entre 2019 e 2022.

Aqui vão alguns outros dados do mercado nacional:

• O Brasil é o 4° país do mundo com mais assinantes de newsletter (+50 milhões de pessoas cadastradas);

• A média de Open Rate por aqui é de 23%, contra 17% nos EUA;

• 72% dos brasileiros consomem conteúdo por e-mail;

• 61% da Gen Z é fã ou super fã de newsletters;

• 8,3 em cada 10 criadores de conteúdo consideram o e-mail o principal canal pra construir e manter sua audiência.

Esses números de surpreenderam? Pois pense que newsletters são uma excelente forma de se comunicar diretamente com seus leitores.

E de trazer conteúdos exclusivos voltados para determinado nicho, que só são enviados para quem se interessa pelo assunto.

O resultado disso? Mais engajamento e conexões mais profundas com seus leitores.

Sou suspeito pra falar? Sou 😅

Mas acredito, de verdade, no poder do e-mail. Não vejo nenhum lado negativo em marcas criarem suas newsletters. Think about it.

Por hoje é só ✉️

Obrigado por ter lido até aqui. Todos os sábados, às 8h e pouco da manhã, vou te trazer alguns aprendizados sobre newsletters.

• Além de dicas, cases, recomendações e mais algumas ideias malucas que estou pensando por aqui.

Te vejo no próximo sábado, na MyNewsletter — a newsletter de quem faz newsletters.

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Até a próxima 👋