Descubra se sua newsletter é boa

As métricas que você precisa olhar

COMO MEDIR O SUCESSO DA SUA NEWSLETTER | EDIÇÃO #006

Oi, aqui é o Fernando. Na última edição, falei sobre “Anúncios em Newsletters: Como Funcionam e Como Precificar?”.

É o modelo de negócios mais comum do mercado de newsletters. Hoje, a pergunta a ser respondida é outra…

O que é uma newsletter de sucesso? Além das métricas mais comuns, tem mais alguns pontos menos óbvios que você precisa ficar de olho para entender como sua newsletter está indo. Let's go.

BIG STORY

Como saber se sua newsletter está “dando certo”?

Muito além do Open Rate e do CTOR. Juntamente ao tamanho da base de assinantes, essas costumam ser as métricas mais analisadas de uma newsletter.

E não é por acaso. Realmente, acredito que essas sejam as três principais.

  • Mas para entender, de verdade, como suas edições estão performando, é preciso ir além disso.

Há uma série de outras métricas — algumas não tão comentadas por aí — que são essenciais para entender a qualidade da sua newsletter e o que seus leitores estão achando dela.

Para isso, vamos dividir as métricas em duas categorias: Engajamento 📨 e Growth 🌱.

💡 Ah, depois disso tem uma dica bônus no final.

Aqui, entram as métricas que permitem entender a relação dos leitores com sua newsletter.

É o que te permite ter uma boa ideia do que as pessoas estão achando dos seus conteúdos. Começando pelo óbvio…

1. Open Rate 📬

Taxa de abertura da newsletter. De todas as edições enviadas, quantos % foram abertas?

  • Acredito que essa seja a principal métrica, embora não deva ser olhada de forma isolada.

Afinal, uma newsletter com 50% de Open Rate que tenha 10 assinantes é muito diferente de uma que tem 100 mil com a mesma taxa de abertura.

Sem contar que o fato das pessoas estarem abrindo seus e-mails não quer dizer que estejam, efetivamente, lendo-os.

🔙 Voltando no tempo… Em 2021, a Apple lançou o Mail Privacy Protection (MPP), uma ferramenta de segurança que “abre” e-mails para fazer uma verificação.

Isso desbalanceou um pouco essa métrica. Aprofunde aqui.

Além disso, há outras questões mais técnicas que podem afetar o Open Rate. Mas não precisa se preocupar com isso.

No fim das contas, apenas garanta que suas taxas estejam boas. Para te dar uma referência, esse é o Open Rate médio dos usuário das plataformas abaixo:

De qualquer forma, o Open Rate é um excelente começo para analisar o interesse do seu público e a qualidade do conteúdo. Daqui a pouco falarei mais disso.

2. Clicks Rate 👆

Tem algumas taxas de clique que você deve ficar de olho. Sendo direto ao ponto:

  • Click Rate (CTR): De TODOS os leitores que receberam seu e-mail, quantos % clicaram em pelo menos um link da edição.

  • Click-to-Open Rate (CTOR): Considerando APENAS os leitores que abriram seu e-mail, quantos % clicaram em pelo menos um link.

  • Cliques Únicos: Número total de cliques únicos em links do seu e-mail (diferente dos Cliques Totais, não considera quem clicou mais de uma vez no mesmo link).

É um pouco difícil determinar o que seria bom, porque varia muito dependendo do nicho, do tamanho da base e do tipo de newsletter.

Mas, para te dar uma dica, busque sempre aumentar esses resultados.

Além de acostumar seus leitores a clicarem em links, os servidores de e-mail melhoram sua entrega por identificar que seus conteúdos estão sendo relevantes.

PS: Caso sua newsletter monetize através de anúncios — já falei mais disso aqui — analise também essas métricas de cliques separadamente para os ads que você veicular.

3. Frequência 🔙

Seus inscritos continuam abrindo seus e-mails ao longo do tempo? É bom ter uma noção disso.

Na beehiiv, por exemplo, é possível criar públicos personalizados para saber quantos dos seus assinantes abriram pelo menos X% das edições que receberam. (O “X” você escolhe).

As outras plataformas têm recursos semelhantes.

Com isso, você consegue entender qual o tamanho da sua base mais engajada.

Exemplo: Se você tem 50 mil assinantes e, ao fazer um filtro, descobre que 20 mil abriram +80% das edições do último mês, quer dizer que ao menos 40% (20 mil/50 mil) da sua base lê quase todos os seus e-mails.

No “Engajamento”, também entra a rejeição… ❌

Para entender isso melhor, esteja de olho nas três métricas abaixo:

• Unsubscribe Rate — Uma taxa de cancelamento de assinaturas alta pode indicar que as pessoas não estão gostando dos seus e-mails. Busque mantê-la abaixo de 0,25% nas suas edições.

• Spam Report — Divida o número de pessoas que marcaram sua edição como spam pelas aberturas únicas. Multiplique esse resultado por 100. Esse é o seu Spam Rate, que deve ser o mais próximo possível de 0%.

• Bounce Rate — É o % de e-mails que você enviou, mas que não chegaram à caixa de entrada. As causas podem ser desde problemas técnicos até o baixo engajamento dos leitores. Acima de 0,3%? Talvez valha remover leitores menos engajados da base.

Aqui, vou falar das principais métricas relacionadas ao crescimento da sua newsletter.

1. Tamanho da Lista 📈

Não tem segredo. Basicamente… Quantos assinantes você tem?

Isso é importante, mas não é tudo. O tamanho da base, quando analisado de forma isolada, pode virar uma métrica de vaidade.

  • Não adianta nada ter muitos assinantes se eles não abrem seus e-mails.

Preste atenção no tamanho da sua base ativa (exemplo: qual o tamanho da lista quando você olha apenas para quem abriu pelo menos um e-mail no último mês ou semana?).

Além disso, saiba que quanto mais nichada for sua newsletter, menor será seu público potencial.

Por outro lado… Tende a ser um público mais qualificado para o objetivo da sua newsletter.

Ah, e também vale acompanhar a taxa de crescimento mensal da sua lista de e-mails.

2. Total de Aberturas Únicas 👤

Lembra que, lá no começo, eu falei que o Open Rate não deve ser olhado de forma isolada?

  • Conforme sua lista de e-mails cresce, é normal que o Open Rate apresente uma leve queda ao longo do tempo.

Portanto, sempre esteja de olho no total de aberturas. Esse número deve crescer consistentemente — ainda que o Open Rate não fique sempre estável.

É a quantidade de leitores por edição.

3. Conversão da Landing Page 📄

Das pessoas que estão acessando sua página de inscrição, quantas efetivamente estão se cadastrando na sua newsletter?

Acompanhe esse resultado e experimente testar diferentes páginas para ver qual converte melhor. Mantenha o que funcionar melhor. O tal do teste A/B.

4. CAC, Payback e LTV 💸

Daria pra escrever uma edição inteira só sobre isso. Mas vou filtrar o essencial.

O Custo de Aquisição de Clientes (CAC) nada mais é que quanto você paga por novo leitor.

É o mais fácil de descobrir. É só ver quanto você gastou em marketing e dividir por quantos novos leitores gerou com isso.

  • Dependendo do nicho da sua newsletter, um bom CAC seria algo entre 1 e 2 reais, podendo passar disso dependendo do público que você busca.

Isso pensando no Facebook Ads e Google Ads. É possível reduzir isso com programas de indicação, influenciadores, produção de conteúdo em social media ou outros canais.

Relacionado a isso, outra métrica legal é o Payback — em quanto tempo você recupera o CAC investido para trazer um assinante.

Para isso, (i) divida seu faturamento mensal pelo número de assinantes. Depois, (ii) divida o CAC por esse "faturamento por leitor". O resultado (iii) é o seu Payback, em meses.

EXEMPLO

• Faturamento mensal: R$ 30k

• Quantidade de leitores: 60k

• Faturamento por leitor = R$ 30k / 60k = R$ 0,50

Nesse caso, cada leitor te "gera" R$ 0,50 por mês. Considerando um CAC médio de R$ 2, temos:

• Payback = R$ 2 / R$ 0,50 = 4 meses.

No exemplo, esse é o tempo mínimo que você deve reter um leitor para que ele "se pague". Depois disso é lucro.

Já o Lifetime Value (LTV) é mais complexo.

Ele te mostra o valor médio que se espera que cada novo assinante te gere do momento em que ele se inscreve até ele se desinscrever ou parar de abrir seus e-mails.

A beehiiv tem uma ferramenta que faz esse cálculo automaticamente.

BÔNUS

Há outras boas métricas, que nenhuma ferramenta vai te dar, para entender se os seus leitores realmente estão gostando dos seus conteúdos. Pra fechar a edição de hoje, aqui vão três delas:

#1 Net Promoter Score (NPS)

Normalmente, você pergunta algo como: “Em uma escala de 1 a 10, qual é a probabilidade de você recomendar nossa newsletter a um amigo ou colega?”

Depois, pegue os resultados e preencha nessa calculadora de NPS.

Em vez do NPS, você pode optar pelo CSAT. Aprofunde aqui. Ah, e aqui também tem uma calculadora de CSAT.

Uma forma de obter essas informações é através de questionários. Nada que um Google Forms ou uma simples enquete no final da newsletter não resolva.

#2 Feedback

Caso você decida fazer essa pesquisa por um formulário, deixe um campo aberto para seus leitores darem dicas e sugestões de melhoria.

Ou, caso você busque algo mais específico, pergunte diretamente o que você quer saber. As respostas podem te surpreender.

#3 Respostas de e-mail

É comum que as pessoas respondam e-mails da sua newsletter. Dependendo do seu tamanho, fica difícil responder tudo.

  • Mas responda o máximo que puder, pois isso te permite construir um relacionamento mais próximo com seus leitores.

Se não for responder, ao menos tente ler todos os e-mails. Tem muito ouro ali. Afinal, quem sabe mais o que seus leitores querem do que eles mesmos?

PERGUNTA RÁPIDA

A edição de hoje foi maior que o normal. Como você prefere?

Por hoje é só ✉️

Obrigado por ter lido até aqui. Todos os sábados, às 8h e pouco da manhã, vou te trazer alguns aprendizados sobre newsletters.

  • Além de dicas, cases, recomendações e mais algumas ideias malucas que estou pensando por aqui.

Te vejo no próximo sábado, na MyNewsletter — a newsletter de quem faz newsletters.

Se tiver qualquer dica, sugestão ou comentário, é só responder este e-mail. Vou ler tudo. Caso queira falar comigo diretamente, é só me chamar no LinkedIn.

Gostou? Mande pra alguém que também vai gostar👇

Até a próxima 👋