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Dinheiro no bolso
monetização de newsletters
TRANSFORMANDO NEWSLETTERS EM DINHEIRO | EDIÇÃO #009
Oi, aqui é o Fernando. No sábado passado, vesti o chapéu de vidente e fiz “6 Previsões Para o Mercado de Newsletters”. Ficou bem legal.
Hoje, vamos falar de monetização. Já fiz uma edição inteira só sobre o modelo de negócios de anúncios — o mais comum entre newsletters.
Mas o fato de ser “o mais comum” não quer dizer que seja o único. Há diversas outras formas de gerar receita com uma newsletter, e agora falaremos de #4 (+1) delas. Let's go.
BIG STORY
4 Formas de Monetizar uma Newsletter 🤑
Muito além da publicidade. Nas newsletters que você acompanha, posso afirmar com quase 100% de certeza que a principal fonte de receita delas são anúncios.
Esse é o padrão do mercado. Mas também existem outros meios de monetização adotados por newsletters.
Além de algumas formas pouco usadas nesse mercado, mas que podemos adaptar à nossa realidade.
#1 Assinatura paga 💳
Milhões de pessoas assinam serviços de streaming como Netflix ou Spotify. Da mesma forma, há as newsletters pagas, em que um valor mensal te dá acesso às edições de alguma newsletter.
É uma forma interessante de ter uma receita recorrente mensal e não ficar refém da venda de anúncios. O dinheiro vem dos leitores.
Vejo isso funcionando bem nesses dois casos:
(i) Empresas que possuem mais de uma newsletter
É o caso do The Hustle. A newsletter principal deles é diária e gratuita, com conteúdos de negócios e tecnologia.
Depois do sucesso inicial, eles lançaram o Trends, uma newsletter semanal focada em estudos de caso de empreendedorismo e análises mais profundas de mercados e tendências.
Perceba que, embora seja, um conteúdo mais aprofundado e nichado, é relacionado com o tópico central de negócios e tecnologia.
Nesse exemplo, a ideia é ter uma newsletter mais ampla e gratuita e usá-la como topo de funil para vender a assinatura paga para parte desses leitores.
O melhor exemplo brasileiro é o the news, que lançou o the jobs para ser um conteúdo mais profundo e de alta qualidade para pessoas interessadas em se aprimorar na carreira.
(ii) Newsletters que funcionam em um modelo freemium
Isso se popularizou muito no mundo dos aplicativos, mas a lógica é a mesma para o nosso mercado.
Basicamente, consiste em dar um acesso parcial de forma gratuita e cobrar para liberar tudo — nesse caso, costuma ser um número maior de edições.
Um exemplo muito popular, de uma newsletter que faz isso com maestria lá fora e também é bem conhecida aqui no Brasil é a Lenny’s Newsletter.
Caso você não conheça, é uma newsletter semanal sobre criação de produtos, growth de usuários e carreira.
A estratégia é simples: Enviar uma edição por mês para a toda base, mas só dar acesso a todas as edições (uma por semana) para quem paga a partir de US$ 15/mês.
Esse formato permite que os leitores tenham um gostinho dos seus conteúdos e saibam o que esperar, para que os mais interessados paguem para ir além.
#2 Produtos digitais 🎓
Assim como qualquer infoprodutor faz pelo Instagram ou outra rede social.
Quando você cria uma audiência de pessoas interessadas em determinado assunto, você pode criar conteúdos educativos e mais aprofundados para essas pessoas.
Pode ser desde algo mais óbvio, como um e-book ou curso online, até outras soluções mais inusitadas.
Um exemplo legal é o da Money with Katie, frente de conteúdos de finanças pessoais adquirida pelo Morning Brew em 2022.
Eles vendem planilhas de planejamento financeiro através do e-commerce da empresa.

É um produto digital, fácil de ser entregue ao cliente e que pode ser vendido infinitas vezes sem gerar mais custos à empresa.
Veja como eles perceberam uma dor que pessoas interessadas no tema poderiam ter e, com base nisso, vendem esse produto digital.
Nesse caso, o valor é baixo (US$ 57). Mas é possível vender produtos mais complexos por tickets ainda mais altos.
Basta achar grandes dores da sua audiência e criar soluções para elas.
#2.1 Bônus: Marketing de afiliado 👈
Em vez de vender soluções suas, outra possibilidade é vender produtos ou serviços de terceiros — e ganhar uma comissão por isso.
Pode ser desde algum produto digital, em que você receba uma parte do valor vendido, quanto aproveitar campanhas de empresas que estão queimando caixa para crescer.
Os apps de delivery, como o iFood, começaram com campanhas agressivas para incentivar a indicação de novos usuários, dando créditos para os indicadores.
A Uber também, quando começou, pagava bem para a indicação de novos motoristas. O Airbnb também já fez algo parecido.
Pegando um programa que está de pé até hoje, veja o caso do Amazon Associates.
Vai de você ficar de olho nas oportunidades e aderir aos programas que façam sentido para o seu público.
#3 Mentorias 🧠
Assim como no segundo tópico, ao criar uma audiência interessada em um tema, você está construindo sua autoridade na área.
Uma audiência que admira seu conhecimento no assunto e está aberta a aprender com você.
Consequentemente, algumas dessas pessoas podem estar dispostas a te pagar para ter acesso a você e receberem seu direcionamento.
Afinal, nada como aprender com quem já superou as mesmas dificuldades que você enfrenta e que sabe fazer o que você quer.
Do lado de quem vende, mentorias permitem cobrar um valor mais alto, uma vez que você está oferecendo uma atenção direta e especializada para o cliente.
Olhando na perspectiva do mentorado, muitas vezes o valor investido fica barato em relação ao tempo economizado ao obter os aprendizados de alguém mais experiente.
É possível vender mentorias tanto individuais quanto para grupos de pessoas.
Vender no 1:1 te permite cobrar mais caro e dar mais atenção para cada cliente.
Já nas mentorias coletivas, é possível otimizar seu tempo e vender para mais pessoas, mas o preço tende a ser menor e é mais difícil atender às expectativas de todos.
Essa decisão depende da estratégia que você quiser adotar e de quais dos pontos acima você dá mais importância.
De qualquer forma, mentorias são uma boa forma de monetizar sua newsletter praticamente sem gastar nada — a não ser seu tempo.
#4 Startup/SaaS 💼
Lembra que eu falei sobre desenvolver soluções para dores dos seus clientes?
Outra forma de criá-las é através de empresas criadas com esse foco.
Nesse caso, sua newsletter atua como um canal de aquisição de clientes para uma startup ou SaaS, que usa os e-mails para vender seus próprios produtos ou serviços.
Voltando no tempo… No que eu chamo de 3C's das Newsletters (aprofunde aqui) — conteúdo, crescimento e conversão —, quando eu digo "conversão", vale qualquer tipo.
Nesse caso, a empresa escreve conteúdos para criar uma base de pessoas que acompanhem sua newsletter para, então, oferecer soluções para esses clientes.
Isso vale para:
Empresas que já existem e querem ter a newsletter como um novo canal de engajamento e vendas;
Empresas que nascem como uma newsletter e, ao entenderem dores do seu público, criam soluções para vender a eles.
Os dois podem funcionar bastante, se bem executados. Vai de você saber criar os conteúdos certos para o seu público — ou conseguir entendê-lo primeiro para resolver seus problemas.
Eu poderia falar mais dezenas de formas de monetização de newsletter. Mas por hoje é só. Pode ter certeza que ainda falarei mais disso por aqui.
Pra fechar… 🔑
Não sou dono da razão. Essas são apenas algumas tendências que eu tenho observado e apostas que eu faria no mercado de newsletters. Vamos ficar de olho 👀
Por hoje é só ✉️
Obrigado por ter lido até aqui. Todos os sábados, às 8h e pouco da manhã, vou te trazer alguns aprendizados sobre newsletters.
Além de dicas, cases, recomendações e mais algumas ideias malucas que estou pensando por aqui.
Te vejo no próximo sábado, na MyNewsletter — a newsletter de quem faz newsletters.
Se tiver qualquer dica, sugestão ou comentário, é só responder este e-mail. Vou ler tudo. Caso queira falar comigo diretamente, é só me chamar no LinkedIn.