O modelo de negócios de anúncios

quanto cobrar?

COMO PRECIFICAR UM ANÚNCIO? | EDIÇÃO #005

Oi, aqui é o Fernando. Na última edição, contei o case “The Peak: Do zero aos 115k assinantes e exit de US$ 4M em 3 anos”. O foco foi em como eles conseguiram crescer a base de assinantes.

Hoje, vamos falar sobre monetização. Mais especificamente, a principal forma que vejo as newsletters monetizando. Ainda falarei de outras por aqui, mas uma coisa de cada vez 😅. Let's go.

BIG STORY

Anúncios em Newsletters: Como Funcionam e Como Precificar? 🤑

Um dia desses eu parei para escrever todas as formas de monetizar uma newsletter que eu consegui pensar na hora.

  • O resultado? Uma lista com 17 formas de monetizar uma newsletter. Como não cabe tudo em uma edição só, vou falar sobre a principal delas: os anúncios.

É o modelo mais comum no mercado. Onde tem atenção de pessoas, tem gente querendo pagar para aparecer para elas.

Em uma newsletter não seria diferente. É a principal forma de monetização de empresas como Morning Brew, The Hustle e the news.

Você pode vender mais de um anúncio por newsletter. Basta separar em diferentes formatos.

  • O anúncio principal é o mais caro, aparece primeiro e tem um número maior de palavras. O logo da empresa costuma aparecer no topo da newsletter;

  • Os anúncios secundários ficam mais pro final da newsletter, são menores e mais baratos.

Para dar um exemplo... O Morning Brew sempre começa com uma matéria inicial e, logo em seguida, vem o primeiro anúncio — da mesma empresa que aparece no topo do e-mail.

Até 2-3 anúncios por edição funciona bem, dependendo de quantas matérias/seções você faz por newsletter. Mais do que isso, pode ficar demais.

Como funciona a venda de um anúncio? 🪧

Depende do fluxo de trabalho de cada empresa. Mas uma lógica comum é assim:

  1. Anunciante interessado entra em contato;

  2. Time de vendas marca reunião e fecha a venda;

  3. Encaminha para (i) o financeiro, que fará a cobrança, e para (ii) o time responsável por escrever os anúncios;

  4. Financeiro cobra e o anúncio é escrito e validado com o anunciante;

  5. Anúncio é veiculado.

Novamente: isso pode variar. Tem newsletters, por exemplo, que deixam o próprio anunciante escrever o texto. Outras, nem sequer têm um texto digitado — apenas uma imagem de banner.

Além disso, quando sua estrutura ainda é pequena, essas tarefas de diferentes times são feitas por menos pessoas. O tal do "eupreendedorismo". 😅

Agora que você já tem uma ideia desse fluxo, surge outra grande dúvida…

Como achar anunciantes? 📢

Basicamente, os anunciantes vêm de duas formas:

  • ➡️ Inbound: o cliente chega até você;

  • ⬅️ Outbound: você vai atrás dele.

Você já deve ter visto que muitas newsletters têm, lá no final, um link que leva para um formulário de empresas interessadas em anunciar (inbound).

Conforme você cresce sua audiência, isso fica cada vez mais fácil. Mas, no começo, é provável que você precise ir atrás dos clientes (outbound).

Como qualquer vendedor sabe, a prospecção é um jogo de números. Quanto mais empresas você entrar em contato, maiores as chances de você vender. Não tem segredo.

Além disso, mesmo que você já gere muitos leads sem prospectar ativamente, o outbound é uma boa forma de trazer ainda mais anunciantes.

E, inclusive, ir atrás de empresas específicas que você quer ter como parceiras.

💡 Dica bônus: Vender para agências pode te trazer muitos clientes. Afinal, depois que você vende para um tomador de decisão da agência, ele pode vender seus anúncios para vários clientes deles. O esforço de fazer uma venda pode se converter em várias vendas.

💡(x2) Mais uma dica bônus (porque hoje eu tô legal demais 😅): Prospecte empresas que já anunciam em outras newsletters. Por já terem esse costume, é uma objeção a menos para você quebrar na hora de vender.

E quanto cobrar pelo anúncio? 🤔

Hora de falar do CMP — o custo por mil impressões. É uma excelente forma de determinar o valor do anúncio da sua newsletter.

Tá sem ideia de como cobrar? Segue essa lógica que já vai te dar uma boa noção inicial:

  1. Pegue seu número de aberturas por edição (Inscritos x Open Rate);

  2. Divida esse número por 1.000

  3. Multiplique o valor final por R$ 50

Aqui vai um exemplo… 📝

Imagine que cada edição da sua newsletter é lida por 50.000 pessoas (considerando 100.000 assinantes, com um Open Rate médio de 50%).

➗ Dividindo 50.000 por 1.000, o resultado é 50.

✖️ Agora, é só multiplicar 50 por R$ 50 = R$ 2.500.

Esse seria o preço do anúncio principal.

Se você faz três edições por semana, são 12 por mês. Um anúncio por edição geraria uma receita de R$ 30.000.

Esse valor pode ser ainda maior caso você:

  • (i) faça mais edições por semana;

  • (ii) coloque mais anúncios por edição; ou

  • (iii) cobre um CPM mais caro.

Sobre o terceiro ponto, dependendo do seu nicho/público, dá pra cobrar um CPM de até 100 reais — ou até um pouco mais — pelo anúncio principal da newsletter.

Importante dizer… No começo, por sua base ser menor, pode ser mais difícil atrair anunciantes. Nesse caso, às vezes vale cobrar por resultado.

  • Seja um valor por clique ou percentual de conversão das vendas geradas.

Mais pra frente, recomendo fazer isso o mínimo possível.

Mas é uma boa forma de gerar os primeiros anunciantes e mostrar para todos os marketeiros de plantão que leem sua newsletter que há outras empresas aproveitando essa oportunidade. Prova social vende. 🤷🏻‍♂️

Por hoje é só ✉️

Obrigado por ter lido até aqui. Todos os sábados, às 8h e pouco da manhã, vou te trazer alguns aprendizados sobre newsletters.

  • Além de dicas, cases, recomendações e mais algumas ideias malucas que estou pensando por aqui.

Te vejo no próximo sábado, na MyNewsletter — a newsletter de quem faz newsletters.

Se tiver qualquer dica, sugestão ou comentário, é só responder este e-mail. Vou ler tudo. Caso queira falar comigo diretamente, é só me chamar no LinkedIn.

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Até a próxima 👋