Testes A/B que você deve fazer

não ignore isso

TESTAR PARA MELHORAR | EDIÇÃO #014

Oi, aqui é o Fernando. Te falei sobre “5 Newsletters que faturam mais de USD 1M por ano” na semana passada.

O mais legal é que tem algumas cuja principal forma de monetização não são os anúncios, o que foge do padrão do mercado e pode te dar boas inspirações.

Chegou a hora de falarmos do famoso teste A/B. Quem não testa, não sabe no que melhorar, e corre risco de deixar dinheiro na mesa. Let's go.

BIG STORY

#9 Testes A/B que Você Precisa Fazer na sua Newsletter 🧪

Testar e testar novamente. Esse é um dos principais segredos — não tão secretos assim — para melhorar qualquer coisa.

Vejo que a melhor forma de fazer isso em newsletters é através de testes A/B, pois isso te permite comparar mudanças específicas e entender o que funciona melhor.

Eu sei que pode ser chato. Trabalhoso. Dar preguiça.

Mas, de verdade? É burrice não fazer.

Já vi simples alterações em assuntos do e-mail causarem uma variação de mais de 5% (pontos percentuais) no Open Rate de uma edição.

Não subestime o poder do teste A/B. 😅

Dito isso, aqui vão 9 testes A/B que você precisa fazer na sua newsletter…

1. Subject Line / Linha de Assunto

O nome é autoexplicativo. Pense nela como sua primeira oportunidade de dar aos leitores um motivo para abrir seu e-mail.

Será que é melhor...

  • Falar algo sério ou fazer uma brincadeira?

  • Fazer uma afirmação ou uma pergunta?

  • Escrever textos maiores ou menores?

  • Colocar um emoji ou não?

Eu poderia te falar que, na média, textos menores funcionam melhor e que ter o "seu emoji" faz as pessoas identificarem seus e-mails com mais facilidade.

Ou, trazer qualquer outra estatística do que funciona melhor. E ainda vou fazer isso em outra edição.

Mas, no fim das contas, nada te trará uma resposta tão boa quanto... isso mesmo: testar, testar e testar.

2. Preview Text / Preheader Text / Texto de Apoio

Pense nisso como se fosse a segunda parte da linha de assunto — afinal, é o que aparece logo em seguida.

Na maioria dos casos, é uma boa ideia usar esse espaço para:

  • (i) Aprofundar um pouco no que foi falado na subject line;

  • (ii) Falar sobre outro assunto, que também será abordado na newsletter.

Qual a melhor opção? Ainda estamos no começo da edição, mas a essa altura você já deve saber que precisa testar para descobrir. 😅

3. Sent-from name

Aqui é legal manter um padrão, para que seus leitores sempre associem a você ou sua empresa.

Para exemplificar, esta newsletter que você está lendo poderia ser:

  • MyNewsletter

  • MyNewsletter ✉️

  • Fernando, MyNewsletter

  • MyNewsletter | Fernando

  • Fernando da MyNewsletter

Ou qualquer outra variação. Só busque fazer algo que combine com a imagem que você quer passar e evite escrever algo muito grande.

Agora que você já leu os 3 primeiros, posso te falar uma coisa…

Não deixe de testar nenhum deles (principalmente o 1 e o 2).

São os testes A/B mais fáceis de fazer e podem ter um grande impacto.

Pense que esses elementos são o primeiro contato que seu leitor terá com cada edição.

Não desperdice a oportunidade de gerar uma boa primeira impressão.

4. Conteúdo, Frequência e Tamanho

Em primeiro lugar, por que juntar essas três características em um tópico só?

Basicamente, eu acredito que alterações desses aspectos da sua newsletter devam ser feitas com base em uma pesquisa de base.

Pense que são alterações que dependem da opinião dos leitores.

Tem pessoas que preferem textos maiores e menos frequentes, enquanto outras querem conteúdos pequenos todos os dias.

Como saber qual o melhor? Perguntando pra sua audiência.

Busque entender as percepções dos seus leitores para saber se faz sentido mudar ou manter como está.

Depois de entender isso, é hora de testar.

Para exemplificar: se você manda sua newsletter duas vezes por semana, considere enviar uma terceira edição semanal para metade dos leitores durante um mês.

Ao final desse período, analise o Open Rate dessa nova edição e das outras duas e veja se faz sentido parar de enviá-la ou expandir para a base toda. Simple as that.

Já parou pra pensar que até a forma como você escreve os links pode afetar quanto as pessoas clicam neles?

Veja alguns exemplos:

  • Link 1

  • Link 2

  • Link 3

  • Link 4

  • Link 5

Será que vai gerar alguma mudança significativa? Só tem um jeito de descobrir… 🤷🏻‍♂️

6. Landing Page

Se sua newsletter fosse uma casa, a landing page seria a porta. Se fosse um livro, ela seria a capa.

O ditado diz pra não julgar um livro pela capa, mas a verdade é que as pessoas sempre acabam julgando.

Tem muitas coisas que você pode testar na landing page — logo, fonte, cor dos botões, texto no campo de digitar e-mail, colocar ou não imagem (e qual imagem), CTA e por aí vai.

Só garanta que, ao testar, você compare páginas que receberam o mesmo número de acessos para deixar a que tiver maior taxa de conversão (quantidade de inscrições / acessos totais na página).

7. Tráfego Pago

Quando o assunto é gastar dinheiro, não dá pra vacilar.

Seu objetivo é trazer o máximo de assinantes qualificados pelo menor custo, o que requer muitos testes e otimização.

Só para você ter uma ideia, esses dias eu li que a equipe do 1440 — uma newsletter de notícias dos EUA — testou 1.500 anúncios diferentes em 2023.

Olhando apenas para os anúncios ativos hoje, eles têm cerca de 550.

Haja copy e criativo... 😅

É claro que você pode se dar muito bem com menos. Eles têm mais de 3,5 milhões de assinantes e bastante caixa para bancar esses testes todos.

Mas a lógica é a mesma para você. Só a escala que é menor.

8. Reativação

Sabe aqueles e-mails enviados para reativar leitores que pararam de abrir suas edições?

E se você pudesse dobrar a quantidade de pessoas que voltam a ler suas edições?

Imagino que você ficaria feliz.

Pode ser que esse resultado seja atingido se, em vez de mandar um e-mail de reativação, você mandar dois ou três.

  • Costuma ser mais barato reengajar alguém que já foi seu leitor do que trazer alguém que não te conhece.

Esse é mais um belo caso que faz sentido um teste A/B.

9. Call to Action (CTA)

Independente do seu objetivo, que pode ir de vender algum produto à incentivar indicações da sua newsletter.

Ou qualquer outro CTA que você queira fazer.

Às vezes, uma simples mudança de um "saiba mais" para um "clique aqui" pode afetar a taxa de cliques.

O mesmo vale para a quantidade de CTAs em um anúncio, ou na forma como você vai pedir para que seus leitores indiquem amigos.

Prometo que é a última vez que vou falar isso hoje, mas... faça diversos testes e mantenha o que performar melhor.

Pra fechar 🔑

A maior parte das ferramentas de disparo de e-mails fornece soluções de teste A/B para que você os faça com facilidade.

Também é importante dizer que, com poucos assinantes, você não precisa se preocupar tanto com testes A/B.

  • Afinal, quanto maior sua amostragem (no caso, número de assinantes), mais preciso será o resultado do teste.

Portanto, deixe para se preocupar com isso quando você tiver com mais de 1.000 assinantes — ou até mais. 10 mil já funciona legal.

No fim das contas, conforme sua base cresce, os resultados se tornam cada vez mais confiáveis e geradores de aprendizados.

O que você achou da edição de hoje?

Por hoje é só ✉️

É muito bom ter você aqui. Todos os sábados, às 8h e pouco da manhã, vou te trazer alguns aprendizados sobre newsletters.

  • Além de dicas, cases, recomendações e mais algumas ideias malucas que estou pensando por aqui.

Te vejo no próximo sábado, na newsletter de quem faz newsletters.

Leitores que compartilha com amigos são mais legais 😆👇

Até a próxima 👋